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A História de Gabi

Escrito por Portal Nosso Mundo.

A emocionante história de Gabi!
Por sua mamy Tatiana

"Minha pipoquinha entrou na minha vida de um jeito meio brusco. Mas antes de começar a contar a história dela, vou ter que voltar no tempo um pouco.

Minha irmã encontrou uma cadelinha na rua, mestiça de pequinês, logo após o falecimento do meu pai. A cadelinha deu ares novos em casa, numa época muito triste. Mas depois de um mês em casa, a Rosinha fugiu, por um descuido (e excesso de confiança) da minha mãe. A tristeza voltou, e dessa vez, veio junto com o desespero e a culpa. Eu, que moro longe, não podia fazer nada além de pedir, pedir muito pra que ela fosse encontrada. E numa hora dessas de "pedir", resolvi prometer que, se a Rosinha voltasse pros braços da minha irmã, que eu adotaria um cãozinho da rua. Já tenho 3 adotados assim, mais um em casa seria menos um a sofrer.

Rosinha em casa, promessa esquecida. Ou pq ainda não dava, ou pq ainda não era a hora...

Bom, dia 11 de setembro de 2009 foi uma sexta feira atípica. Saí cedo da escola que dou aula, a lotação não parou em nenhum ponto ao longo do caminho, resolvi ir pra casa direto. Chego na beira da rodovia e vejo uma coisinha branquinha na outra beirada. Meu coração foi na boca.Não lembro como atravessei a rodovia, só sei que tentei não ser brusca pra que essa coisinha branquinha se assustasse comigo e corresse pra baixo de algum carro. Não adiantou.

Tentei chamar, mas não era o meu rosto que ela buscava. Ela não sabia que eu queria vê-la longe do perigo dos carros da rodovia. E ela atravessou. Alguns carros conseguiram desviar, buzinaram, mas um não pôde. Um não desviou. Só ouvi a freada do carro e os gritos dela. Fiquei cega. Atravessei a rodovia não sei como, torcendo pra não ver o que vi. Uma coisinha branquinha deitada no asfalto, gritando, sem conseguir se levantar. E sangue, que não sabia de onde estava saindo.

Olhei pro lado e vi um carro vindo. Se continuasse lá, seríamos eu e ela atropeladas. Mas não podia sair e deixar a pobrezinha lá. Tentei pegar e ela me avançou. Na hora que ela virou a cabeça, peguei pelo pescoço e saí da rodovia. E esse foi nosso primeiro contato físico: duas mordidas dela, de DOR. Deixei ela em um matinho bem longe da estrada e vim buscar ajuda do meu marido. Ele me levou de moto pro pronto socorro, e voltou pra socorrer a cachorrinha.

Saldo do acidente: uns tendões comprometidos meus, e uma pata estraçalhada dela. O veterinário que atendeu a pequena foi bastante profissional, conseguiu costurar o nervo que foi rompido no acidente, razão pela qual ela tem os movimentos da pata hoje.

Comigo e com ela em casa à noite, agora tínhamos que pensar em um nome. Como era dia de São Gabriel, um dos nomes cotados era Gabi. E outros nomes foram sugeridos na comunidade "Eu respeito os animais... e vc?", mas achamos que "Gabi" seria bonitinho pra ela. E ficou.

Um outro dia, pesquisando por acaso o significado de alguns nomes, procurei "gabriela"... e significa "enviada por Deus". A Gabi foi a minha promessa descumprida, que me foi lembrada de uma maneira meio dolorida pra nós duas. Mas que me faz chorar até hoje de lembrar como nos encontramos. Não ligo da dor que eu senti mas gostaria muito que ela não tivesse sentido a dor que sentiu, pq a dela foi maior. Essa é a história da minha enviada de Deus!"

Este é um vídeo que eu fiz dela, duas semanas depois...


Que linda é a Gabi.....e que sorte ela teve por ter sido resgatada!!
Adorei a história, adorei as fotos, e sou obrigado à confessar que quando vi a terceira foto, da carinha dela, me arrepiei aqui...
Maravilhosa, como um anjinho lindo, um olhar tão doce e tão grato!
Só pode mesmo ter sido enviada por Deus!
Amei esse relato...muito obrigado por compartilhar conosco essa linda história de amor.


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